pálpebras de peixes disléxicos coagulam
em ventres feridos
de seres subaquáticos
o plasma, o soro, o sangue
envenenam o leito fossilizado
de conchas onde tu te habituaste a adormecer
algas escorrem lentamente
das gargantas de um passado distante
- um vómito que desafia o paladar doce
da tua boca húmida de sangue
é assim que pressinto os gritos dos corais:
sublimando golpes profundos
de uma ausência em cicatrização
mais te informo:
aquela adaga pertence-me.
o bisturi, reserveio-o para ti
- bem afiado
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