domingo, 28 de junho de 2015

imóveis os corpos
celebram o dom do
desejo
- amor a pão e água
herdei a sabedoria volátil
da distância
a indiferença rotineira
o oráculo premeditado
os sonhos com aviso-de-recepção
e depois?
acham que não  posso ser feliz?
procuro-te na vacuidade da sombra
no hálito ainda doce das osgas
- não  te inibas de saborear o cristal,
a magia cíclica da infância
a herança do estritamente improvável

Rsklnkv3

reinventei-te na memória
das aves
afinal sempre exististe
- consagro - te herdeiro permanente
do meu amor
reinvento -te outra vez
e outra, e ainda outra.
serás  sempre o mesmo
na memória das aves
esvoaçando...

R4

É pelo silêncio que vou.
Caminho a direito
em desequilíbrio.
Vocalizo a música  áspera das abelhas
em agonia
- cânticos profanos de resistência.
É no silêncio que reencontro a mesma luta:
- a última