reconheces as minhas mãos
no reflexo, no tacto,
e no entanto é pela margem
que trilhas o caminho
quando é na água que te sigo
no mergulho atormentado dos pássaros
no grito vulcânico das pedras
nas línguas espalmadas dos sapos
no assobio desvairado das canas
no verde esquivo dos pés subaquáticos
pela água sigo a margem
sigo-te à margem
até ao mar
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário