um dia subirei
a madrugada impermeável das palavras
inomináveis
e refugiar-me-ei
no espólio persuasivo
do silêncio
encontrarei na esquina enviesada
dos gestos,
a promíscua consanguinidade
da linguagem
- a verdadeira simbiose
do intelecto
saciarei a pele fissurada
do deserto
onde escavo valas de ausência
e abro as portas dissociadas do tempo
sem chaves de memória
nem fechaduras de saudade
escondo as mãos suadas
nas algibeiras dos sonhos
e parto para o canto mais esquivo
do oráculo
- a espera
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário